quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Seguro insiste na asneira

Ouvi hoje Seguro repetir o argumento de que está contra os cortes previstos para o orçamento de 2014 porque o que é preciso é "equilibrar as contas públicas, mas pela via do crescimento e do emprego", em vez de austeridade. Segundo o Sol disse textualmente "Há dois anos que dizemos que o país precisa de mais tempo para equilibrar as suas contas públicas e que o país tem de sair da crise pela via do crescimento da economia e do emprego. Hoje estivemos a dizer isso (à troika)". Ora basta fazer umas contas para constatar que, sem diminuir a despesa do Estado, seria necessário um crescimento estratosférico para, unicamente pela via do crescimento, conseguir reduzir o défice das contas públicas de modo a atingir o equilíbrio, entendendo por equilíbrio um défice nulo ou quase nulo. Em Novembro de 2012, perante um discurso semelhante do mesmo indivíduo, dei-me ao trabalho de fazer umas contas e concluí que, para satisfazer a meta de um défice de 4,5% em 2013, meta que entretanto foi revista, sem aumentar os impostos nem cortar a despesa seria necessário um crescimento de 54%!!! Entretanto a meta para 2013 foi ajustada a 5,5%, mas para atingir os 4% requeridos para 2014 (ou mesmo os 5% que Seguro pretende e que requereu hoje na reunião com os representantes da troika) sem cortes, o crescimento teria de ser da mesma ordem. Como pensará Seguro resolver a questão? Será que não tem um único economista que saiba fazer contas entre os seus conselheiros e lhe diga para não continuar a dizer asneiras?

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